por Victor Leandro
Nota de abertura para um caminho desconhecido
O que pode um blog socialista formado por desconhecidos
morando ao Sul do Sul Global fazer nas redes virtuais dominadas pela isofonia
de vozes e discursos que proliferam incontrolavelmente? Absolutamente nada. O
mais provável é que permaneça no anonimato ou seja engolido por uma estética do
malfazer, sem rumo no meio das múltiplas imagens e dizeres idênticos. Não, não
há vantagem nenhuma em juntar-se a um coro obtuso. Melhor seria relegar-se ao silêncio.
Mas há benefícios na ausência de esperança. Se ainda existe
possibilidade do novo, este só pode residir no instante em que não mais
acreditamos, que damos por perdido o mundo, e as forças que nos governavam
cessam seus efeitos. Nesse momento, quando não nos encontramos mais sob o jugo
da possibilidade do mínimo êxito e de suas exigências, é que vemos, quase que desinteressadamente,
uma verdade aparecer, e então sabemos que aí está a direção para a qual é
preciso seguir, empregando nessa tarefa o máximo de nossas forças.
Esse é o intuito que nos move e que levaremos adiante.
Talvez a única realização que traia tal propósito seja o breve argumento que
aqui se apresenta. Mas é certo que ele será logo esquecido. Passada a porta,
não olharemos mais para o que havia antes dela nenhum instante. Tudo o mais
seguirá por seus próprios meios.
Se conseguirmos chegar a algum lugar com esse projeto,
fracassaremos. Se não conseguirmos, fracassaremos também. Essa é a nossa
vantagem e a nossa força. Aos que não temem a vertigem do abismo, sigam-nos.
Aos demais, permaneçam na ilusão de seus sonhos inócuos. Mas que não se
acostumem com eles. Muito em breve, todos estarão despertos.
O que pode um blog socialista formado por desconhecidos
morando ao Sul do Sul Global fazer nas redes virtuais dominadas pela isofonia
de vozes e discursos que proliferam incontrolavelmente? Absolutamente nada. O
mais provável é que permaneça no anonimato ou seja engolido por uma estética do
malfazer, sem rumo no meio das múltiplas imagens e dizeres idênticos. Não, não
há vantagem nenhuma em juntar-se a um coro obtuso. Melhor seria relegar-se ao silêncio.
Mas há benefícios na ausência de esperança. Se ainda existe
possibilidade do novo, este só pode residir no instante em que não mais
acreditamos, que damos por perdido o mundo, e as forças que nos governavam
cessam seus efeitos. Nesse momento, quando não nos encontramos mais sob o jugo
da possibilidade do mínimo êxito e de suas exigências, é que vemos, quase que desinteressadamente,
uma verdade aparecer, e então sabemos que aí está a direção para a qual é
preciso seguir, empregando nessa tarefa o máximo de nossas forças.
Esse é o intuito que nos move e que levaremos adiante.
Talvez a única realização que traia tal propósito seja o breve argumento que
aqui se apresenta. Mas é certo que ele será logo esquecido. Passada a porta,
não olharemos mais para o que havia antes dela nenhum instante. Tudo o mais
seguirá por seus próprios meios.
Se conseguirmos chegar a algum lugar com esse projeto,
fracassaremos. Se não conseguirmos, fracassaremos também. Essa é a nossa
vantagem e a nossa força. Aos que não temem a vertigem do abismo, sigam-nos.
Aos demais, permaneçam na ilusão de seus sonhos inócuos. Mas que não se
acostumem com eles. Muito em breve, todos estarão despertos.