Barro, de Rodriggo Ribeiro. |
Liberdade e solidariedade ou extermínio
por Matheus Cascaes
Este é um momento em que está claro: ou descobrimos a solidariedade, ou nos exterminamos mutuamente. Essa dicotomia sempre se apresentou a nós, mas costumava ser percebida como uma hipérbole. No entanto, por conta da pandemia, ela se tornou mais sentida, mais palpável, mais indispensável, mais intransponível. Mais que nunca, o "quando escolho, escolho pela humanidade inteira" do Sartre está valendo.
Mas como ser solidário numa sociedade em que todas as estruturas que pairam sobre a cabeça do homem o forçam a ser egoísta? Quando parece que esse homem forjado pelo capitalismo é averso a toda forma de coletividade verdadeira? A resposta está com Sartre também: "o homem está condenado a ser livre". O homem é livre para escolher e para, com essa escolha, projetar esse novo homem que ainda não existe. E qualquer tentativa de mascarar isso, dizendo que foi forçado por alguma circunstância, é mentir para si mesmo, é má-fé.
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