quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Poema Sobre camaradagem, revolução, comunismo e sonhos (Fragmento I), de Dom Alencar

Poesia

SOBRE CAMARADAGEM, REVOLUÇÃO, COMUNISMO E SONHOS (Fragmento I)

Na solidão dos modernos tempos 
de precarização e desemprego 
Vos escrevo essas poucas linhas
 Palavras embebidas
 com o sangue do povo sem pátria
 Reféns da falsa liberdade
 do Capital e dos porcos capitalistas
 Escravo de grilhões invisíveis
 Vos escrevo acuado pela fome
 Quão incertos estão os dias
 Perdoem-me as repetições. A limitada poesia
 Escrevo com a pressa
 do trabalhador que já pensou 
seriamente em suicídio.
 Sem pão
 Sem teto 
Sem terra.
 Eterno soldado do exército errante da reserva
 O barro ainda está cru
 Não foi completamente moldado
 Mas o oleiro já pôs a queimar o forno
 As labaredas sobem impressionantes
 e são vermelhas. Das cinzas desse cruel sistema
 Levantaremos para construir um mundo novo!

Autor: Dom Alencar

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