SOBRE CAMARADAGEM, REVOLUÇÃO, COMUNISMO E SONHOS (Fragmento I)
Na solidão dos modernos tempos
de precarização e desemprego
Vos escrevo essas poucas linhas
Palavras embebidas
com o sangue do povo sem pátria
Reféns da falsa liberdade
do Capital e dos porcos capitalistas
Escravo de grilhões invisíveis
Vos escrevo acuado pela fome
Quão incertos estão os dias
Perdoem-me as repetições. A limitada poesia
Escrevo com a pressa
do trabalhador que já pensou
seriamente em suicídio.
Sem pão
Sem teto
Sem terra.
Eterno soldado do exército errante da reserva
O barro ainda está cru
Não foi completamente moldado
Mas o oleiro já pôs a queimar o forno
As labaredas sobem impressionantes
e são vermelhas. Das cinzas desse cruel sistema
Levantaremos para construir um mundo novo!
Autor: Dom Alencar
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