terça-feira, 17 de setembro de 2019

Poema Do Fim, de Mauricio Braga

Poesia

Do Fim

Ao rés-do-abismo
eu escrevo
um poema do fim

Censurado pela apatia
com versos mortos
é dejeto de mim

Abortado antes da
primeira quadra
em esforço vão

Descartado ontem
reciclado hoje
não verá amanhã

Condenado ao prelo
não existirá
nem em potência

É o poema mudo
do mundo surdo
nos cantos sujos
do meu inferno

Autor: Mauricio Braga

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