Do Fim
Ao rés-do-abismo
eu escrevo
um poema do fim
Censurado pela apatia
com versos mortos
é dejeto de mim
Abortado antes da
primeira quadra
em esforço vão
Descartado ontem
reciclado hoje
não verá amanhã
Condenado ao prelo
não existirá
nem em potência
É o poema mudo
do mundo surdo
nos cantos sujos
do meu inferno
Autor: Mauricio Braga
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