Pequeno estilhaço na Pax esquerda
Por Victor Leandro
A revolução não é um convite
para postar, nem um meme que se compartilha entre os amigos nas redes sociais.
Ela é um ato efetivo e violento, por meio do qual uma classe derruba a outra.
Sim, a frase acima é uma
paráfrase do Camarada Mao. Na verdade, trata-se de uma revisão meio apressada -
mas talvez válida - do alerta dado décadas antes aos rebeldes em luta. sem a
ação material, não é possível mudança.
Esquecemos essa lição
frequementemente, por comodismo, por conveniência, por preguiça. Se antes a
esquerda dita democrática perdia-se em jantares animados em que pincelava as
formas do mundo proletário, resumindo nesse gesto todo o vigor de sua
praxis, hoje ela deu mais um passo atrás
e contenta-se com dois toques na tela e uma meia-dúzia de frases lançadas a
esmo. No mais, resta-lhes contar o número de envios e esperar que o milagre
aconteça.
Mas não há milagre, todos
sabemos. Para os pseudorevolucionários, essa é a grande notícia. Não serão
presos, não correrão risco, nem terão de partir para o exílio. Também estarão
libertos da culpa de nada fazer, pois é notória sua participação política. Tudo
na mais perfeita ordem. Burguesa.
Claro, o presente texto, bem
como seu autor, integram o mesmo dilema. Mas sobra nele, não em mim, uma
pequena vantagem. Relembramos o que disse o grande líder revolucionário Chinês,
bem como suas afirmações necessárias. lembremo-nos delas e estaremos nas ruas.
O mais são só plumas e adereços.
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