segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Coluna SEGUNDA VIA


Pequeno estilhaço na Pax esquerda

Por Victor Leandro


A revolução não é um convite para postar, nem um meme que se compartilha entre os amigos nas redes sociais. Ela é um ato efetivo e violento, por meio do qual uma classe derruba a outra.
Sim, a frase acima é uma paráfrase do Camarada Mao. Na verdade, trata-se de uma revisão meio apressada - mas talvez válida - do alerta dado décadas antes aos rebeldes em luta. sem a ação material, não é possível mudança.
Esquecemos essa lição frequementemente, por comodismo, por conveniência, por preguiça. Se antes a esquerda dita democrática perdia-se em jantares animados em que pincelava as formas do mundo proletário, resumindo nesse gesto todo o vigor de sua praxis,  hoje ela deu mais um passo atrás e contenta-se com dois toques na tela e uma meia-dúzia de frases lançadas a esmo. No mais, resta-lhes contar o número de envios e esperar que o milagre aconteça.
Mas não há milagre, todos sabemos. Para os pseudorevolucionários, essa é a grande notícia. Não serão presos, não correrão risco, nem terão de partir para o exílio. Também estarão libertos da culpa de nada fazer, pois é notória sua participação política. Tudo na mais perfeita ordem. Burguesa.
Claro, o presente texto, bem como seu autor, integram o mesmo dilema. Mas sobra nele, não em mim, uma pequena vantagem. Relembramos o que disse o grande líder revolucionário Chinês, bem como suas afirmações necessárias. lembremo-nos delas e estaremos nas ruas. O mais são só plumas e adereços.

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