O EDIFÍCIO
edifício sólido em concreto,
erigido ao rigor matemático,
colocado em frente ao espelho
inverte-se de cabeça para baixo.
Desmancha- si em cartas pássaros,
esculpi-se em retratos de sonhos disfarçados.
Abriga figuras dos lugares de espanto
Cabe num instante
Encaixa-si na epigrafe
Recobre-si de papel
Apesar de tanta solidez
Só é miragem a olhos crus
Dissolve na areia movediça da circunspecção
É castelo camaleão
É da mesma espécie
Só que de varias cores
Na verdade é só o desenho do engenheiro no papel
Autor: Breno Lacerda
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