sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Transtorno do Pânico, Por Ângela Cláudia

Poesia

Transtorno do Pânico
Por Ângela Cláudia

Dialética sim 
Metade de mim é dessemelhante, assimetria enferrujada
A poesia fica meio perdida nos altos montes de São Gabriel ou  no fundo dos igarapés fétidos que cortam Manaus

Absinto versus água benta
Do Marasmo  ao pânico
Tristeza amarga ,tristeza doce
Melancolia desafiadora com medo da vida

Vou perambulando parada com sombras zumbis vivas
Absorvendo coragens e expulsando seguros segredos sem sentir

Mergulho ao encontro do dia sabendo que finda em escuridão
 sentindo cumprir os
Motivos movidos e ouço apenas os gritos dos cachorros dentro da mente barulhenta 


Ontem foi ruim,hoje não se sabe 
Feridas que se abrem sem condições de fechar e as cicatrizes apagadas não são visíveis 

Iluminar ou deixar partir
Enxergo tudo torto
Depois respiro e ordeno
Mas sigo aflita
Acorrentada e iludida
Vida quero estar perto de ti

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