Transtorno do Pânico
Por Ângela Cláudia
Metade de mim é dessemelhante, assimetria enferrujada
A poesia fica meio perdida nos altos montes de São Gabriel ou no fundo dos igarapés fétidos que cortam Manaus
Absinto versus água benta
Do Marasmo ao pânico
Tristeza amarga ,tristeza doce
Melancolia desafiadora com medo da vida
Vou perambulando parada com sombras zumbis vivas
Absorvendo coragens e expulsando seguros segredos sem sentir
Mergulho ao encontro do dia sabendo que finda em escuridão
sentindo cumprir os
Motivos movidos e ouço apenas os gritos dos cachorros dentro da mente barulhenta
Ontem foi ruim,hoje não se sabe
Feridas que se abrem sem condições de fechar e as cicatrizes apagadas não são visíveis
Iluminar ou deixar partir
Enxergo tudo torto
Depois respiro e ordeno
Mas sigo aflita
Acorrentada e iludida
Vida quero estar perto de ti
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