quinta-feira, 25 de junho de 2020

Mosaico cultural da educação da Semed e a marginalização do Estado Laico, por Jonas Araújo

Mosaico cultural da educação da Semed e a marginalização do Estado Laico
por Jonas Araújo

Na programação anunciada pela secretaria de educação da capital amazonense é possível identificar uma série de atividades exclusivamente cristãs desafiando um princípio básico da república brasileira, o Estado Laico.

Na programação você encontra pastores e padres abordando os seguintes temas:

01)Como manter a mente saudável em tempos de Isolamento Social. Esse é um tema importante mas por que a secretaria não chamou psicólogos, psiquiatras e acadêmicos da UFAM e UEA para abordarem essa questão?  Seria medo de uma análise profunda sobre os transtornos criados pela atividade remota? Ao escolher um pastor para realizar tal atividade o objetivo é transforma essa programação em um culto?

02) Santuário Nossa Senhora Aparecida. Estamos no meio da floresta amazônica em uma cidade composta por  povos indígenas, afrodescendentes, judeus, mulçumanos, anglicanos entre outros. Ao escolher esse tema a secretaria literalmente inclina todo o corpo docente e discente para um processo catequético aos moldes do período colonial.

03) Diálogos de vida. Chamaram padres e pastores para falar livremente sobre suas ações e não cogitaram trazer a voz ativa de quem constrói o cotidiano da educação na rede municipal.

Olho essa programação, nesse tempo tão retrógrado e desafiador, e vejo o Plano Municipal de Educação sendo engavetado pelo poder executiva que deveria estar cumprindo suas metas a risca.

A escola, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases, deve ser pública, laica e de qualidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário