quarta-feira, 25 de março de 2020

O assassinato em massa e seus cúmplices, por Victor Leandro

Coluna Segunda Via - Especial Quarentena



O assassinato em massa e seus cúmplices
por Victor Leandro

Não se pode praticar um genocídio sozinho.

Um assassinato, sim. Mas, sem ajuda, é impossível estender o crime a uma massa expressiva de sujeitos.

Desse modo, é preciso que haja cúmplices, ou seja, um conjunto de outros agentes que, de uma forma ou de outra, concorram para a propagação da morte em escala vultosa e exorbitante.

Ontem, as figuras centrais do antigoverno deixaram clara sua intenção de entregar o povo em sacrifício ao deus-dinheiro, num total desprezo não só pela população, mas pela vida ela mesma. Tudo isso por uns dólares a mais, como diz de forma astuta o título de um antigo filme de faroeste.

Porém, para que tal se execute, é necessário haver coparticipantes. E quem são eles?

Na situação em que nos encontramos, os cúmplices são todos aqueles que, encontrando-se em posição de agir de forma efetiva, não o fazem, seja por interesses políticos, econômicos ou ideológicos. Em suma, são toda a classe dirigente do país que cruza os braços ou responde de maneira branda aos acintes de Brasília.

Hoje, não há outro jeito. Ou se é fora Bolsonaro, ou se está do lado do crime contra a saúde humana.

Que cada um de nós assuma seu lado, exigindo dos governantes uma atitude condigna.

Vamos em frente.

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