Os alienados da Terra
por Victor Leandro
Não, nem de longe são os pobres os que ignoram o real presente no mundo.
Ao contrário, estes sequer podem se dar ao luxo de escapar a ele. Movimentam-se em suas bordas o tempo todo.
Mas o mesmo não pode ser dito dos especuladores dos mercados.
Cerceados por uma existência inautêntica e malograda, eles não têm mais do que a sua frente números, tabulações que não têm nenhuma parte com a vida.
Fazem cálculos e projeções, estipulam futuros, mas esses não constituem matéria alguma, apenas mera fabulação abstrata.
Isso temperado pela crença obscura no fantasma da mão invisível, que insiste em não aparecer.
A pandemia liquidou o liberalismo. Ele agora não passa de uma lenda antiga. Nossa frágil economia mundial não pode sobreviver sem os braços firmes de trabalhadores e líderes políticos materialistas.
Porém, os obnubilados persistem na comédia dos tantos mil pontos. Quem hoje, em sã consciência, preocupa-se com os números da bolsa?
Os investidores são os verdadeiros alienados da Terra, e, no entanto, herdam seus melhores frutos.
Fiquemos com as coisas do mundo. Que a eles pertençam somente sua própria fantasia e miséria.
Viva os trabalhadores! E no final quem vai socorrer os alienados é o Estado. O qual eles insistem em converser os trabalhadores que o Estado têm que ser mínimo.
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